A nova série “Creature Commandos” marca o início de uma nova era no universo do DC, substituindo o antigo DC Extended Universe e o Arrowverse. Sob a direção de James Gunn e Peter Safran, a série traz uma abordagem peculiar ao universo dos super-heróis, começando com um grupo que é essencialmente uma versão alternativa do Esquadrão Suicida, mas com monstros clássicos da Universal e figuras peculiares que não se encaixam no conceito humano.
A trama gira em torno da Task Force M, enviada a um país inspirado no leste europeu para evitar uma crise internacional, confrontando uma milícia comandada por uma bruxa teimosa de Themyscira e um grupo de indivíduos com intenções duvidosas. O time é composto por personagens como Nina Mazursky, inspirada na Criatura da Lagoa Negra, a Noiva de Frankenstein, Eric Frankenstein, um robô militar obcecado por aniquilar nazistas, e o esqueleto radioativo Dr. Phosphorus. A liderança fica a cargo de Rick Flag Sr., e entre os membros intrigantes da equipe está o Weasel, que é ao mesmo tempo cômico e trágico.
O Weasel, que fez sua primeira aparição em “The Suicide Squad”, pode ter sido visto como uma figura meramente engraçada, mas em “Creature Commandos” ele se transforma em um personagem mais profundo e complexo. Sean Gunn, que dá voz ao personagem, comentou sobre a forma como ele busca transmitir emoções através da animação. Ele descreveu o Weasel como um “cachorrão grande” que enfrenta preconceitos por sua aparência, levando as pessoas a vê-lo como perigoso e grotesco.
Nos primeiros episódios, ocorre uma série de flashbacks que revisitam a infância do Weasel, mostrando um momento em que ele era tratado como um animal de estimação por um grupo de crianças. No entanto, essa alegria é interrompida por um incêndio trágico, resultado de uma série de eventos infelizes que resulta na morte de muitas crianças e na captura do Weasel, aumentando o peso emocional da história.
James Gunn, em entrevista, explicou que “Creature Commandos” é, em sua essência, uma tragédia. Mesmo com momentos de violência e humor, a série captura a natureza trágica da narrativa, especialmente na maneira como os personagens enfrentam a morte sem heroísmo, tornando suas vidas descartáveis e substituíveis. O Weasel se torna então o coração da série, refletindo a habilidade de Gunn em criar histórias que exploram temas de empatia e tragédia em relação aos animais, como visto em seu trabalho anterior em “Guardians of the Galaxy Vol. 3”.
Com essa nova proposta, “Creature Commandos” estabelece seu próprio espaço dentro do DC Universe, onde a história não é apenas sobre heróis e vilões, mas também sobre as nuances da dor e da amizade, representadas de forma única através de um weasel mutante.
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