Diretores iranianos impedidos de viajar dedicam a estreia de ‘Meu Bolo Favorito’ em Berlim às mulheres na vanguarda da luta pela liberdade das mulheres
O novo filme dos cineastas iranianos Behtash Sanaeeha e Maryam Moghadam, intitulado “Meu Bolo Favorito”, teve sua estreia mundial na Berlinale na sexta-feira, mas os diretores não puderam comparecer ao festival devido a uma proibição de viagem imposta pelo regime autoritário islâmico do Irã. A ausência deles foi marcada durante a coletiva de imprensa por duas cadeiras vazias e uma declaração conjunta.
Sanaeeha e Moghadam são conhecidos por abordar questões sociais e políticas em seus filmes, muitas vezes enfrentando censura e repressão em seu país de origem. “Meu Bolo Favorito” é uma história que retrata a vida de uma mulher iraniana em busca de liberdade e independência.
Os diretores, mesmo não podendo estar presentes no festival, enviaram uma mensagem de dedicatória para as mulheres que estão à frente da luta pela liberdade das mulheres no Irã. Eles expressaram seu apoio e solidariedade, reconhecendo a coragem e a determinação dessas mulheres em desafiar as normas restritivas da sociedade.
A proibição de viagem imposta aos diretores ressalta as restrições enfrentadas pelos artistas no Irã, especialmente aqueles que desejam abordar questões controversas ou desafiar as convenções sociais. É uma triste realidade que muitos cineastas e artistas tenham que lidar com a censura e a repressão, o que limita sua liberdade de expressão e impede que suas vozes alcancem um público mais amplo.
No entanto, mesmo com todas as dificuldades, Sanaeeha e Moghadam encontraram uma maneira de compartilhar sua narrativa e dar visibilidade aos problemas enfrentados pelas mulheres no Irã. Sua decisão de dedicar a estreia de seu filme às mulheres que estão na linha de frente da luta pela liberdade é um ato de resistência e mostra seu compromisso com a causa.
“Meu Bolo Favorito” é um exemplo do poder do cinema como forma de arte e ativismo. Ao retratar a vida de uma mulher iraniana em busca de liberdade, o filme levanta questões importantes sobre igualdade de gênero, autonomia e direitos das mulheres. É uma história universal que ressoa além das fronteiras do Irã e oferece uma perspectiva única sobre as experiências e desafios enfrentados pelas mulheres em todo o mundo.
Enquanto Sanaeeha e Moghadam enfrentam restrições em seu próprio país, o público internacional tem a oportunidade de assistir ao seu filme e se engajar nas questões que aborda. A estreia mundial de “Meu Bolo Favorito” na Berlinale oferece um espaço para o diálogo e a reflexão sobre a luta pela liberdade das mulheres e a importância de levantar suas vozes.
Ao dedicar sua estreia às mulheres que estão na vanguarda dessa luta, os diretores estão mostrando seu apoio e solidariedade, reforçando a importância de continuarmos a lutar por igualdade e liberdade, não apenas no Irã, mas em todo o mundo. Suas cadeiras vazias na coletiva de imprensa são um lembrete poderoso de que ainda há muito a ser feito, e que é fundamental apoiar e amplificar as vozes daqueles que não têm permissão para falar.
Embora não tenham conseguido comparecer à Berlinale, Sanaeeha e Moghadam encontraram uma maneira de fazer sua presença ser sentida e sua mensagem ser ouvida. “Meu Bolo Favorito” é um tributo às mulheres que enfrentam adversidades e lutam por seus direitos e liberdade, e é um lembrete de que a arte pode ser uma poderosa ferramenta de resistência e mudança.
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