Tony Effe, conhecido rapper romano, foi excluído do tradicional concerto de Capodanno que ocorrerá em Roma, após intensas discussões sobre sua participação. Essa controvérsia se intensificou a partir do anúncio, no dia 12 de dezembro, sobre sua presença no evento, que também contaria com outros artistas renomados como Mahmood e Mara Sattei. Grupos políticos e a entidade independente Differenza Donna expressaram forte oposição, alegando que as letras das músicas de Tony Effe são violentas, misoginia e sexistas.
Após o anúncio de sua exclusão, o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, confirmou a decisão no dia 16 de dezembro. Ele ressaltou que a escolha foi tomada para evitar divisões na cidade e o desconforto entre os cidadãos. A associação Differenza Donna acrescentou que a presença de Tony Effe no palco seria uma ofensa a todas as mulheres que enfrentam violência.
Com o aumento das críticas, o Codacons, uma organização de defesa do consumidor, também se manifestou pedindo sua exclusão não apenas do concerto, mas também do Festival de Sanremo 2025, onde o rapper estava programado para se apresentar. A organização argumentou que os músicos devem ser responsáveis, especialmente quando suas performances envolvem temas sensíveis.
A namorada de Tony Effe, Giulia De Lellis, se posicionou em defesa do rapper nas redes sociais. Ela afirmou que “a música, como toda a arte, se discute, não se censura” e questionou a lógica que impulsiona a censura a determinados artistas.
Além disso, a polêmica se estendeu à participação de Tony Effe no Festival de Sanremo, onde as críticas começaram a se intensificar devido à natureza das letras de suas canções. O advogado do Codacons, Vincenzo Rienzi, defendeu que sua instituição não busca censurar, mas sim questionar a moralidade do que é apresentado em eventos que recebem financiamento público. Ele deixou claro que a liberdade musical é fundamental, mas os artistas devem estar cientes dos impactos de suas mensagens.
Carlo Conti, o apresentador do Sanremo 2025, comentou que seu trabalho consiste em selecionar canções, considerando que todas são válidas para serem apresentadas. Ele enfatizou a importância da música e a necessidade de cada artista expressar-se livremente.
Na esteira dessa controvérsia, Mahmood decidiu se retirar do concerto de Capodanno em solidariedade a Tony Effe, afirmando que a censura não deve ter espaço na arte.
Esses eventos destacam a delicada relação entre liberdade de expressão artística e a responsabilidade social diante de temas sensíveis.
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