Charles Bronson e Toshirō Mifune se uniram em um filme de faroeste samurai
Quando pensamos no gênero de faroeste spaghetti, é comum associá-lo apenas a Sergio Leone. Da mesma forma, quando se trata do gênero samurai, tendemos a pensar apenas nos trabalhos de Akira Kurosawa. Embora esses dois mestres do cinema tenham deixado um grande legado, é importante lembrar que há muitas outras obras de qualidade e que esses gêneros podem se sobrepor. Os faroestes, em todas as suas variações, têm uma relação surpreendentemente simbiótica com os filmes de samurais.
John Ford foi uma influência para Kurosawa, que por sua vez influenciou Leone, entre outros diretores. Na década de 1970, houve uma mudança de gostos e surgiram várias histórias híbridas que combinavam elementos do faroeste com artes marciais asiáticas ou até mesmo com o samurai. Na televisão, tivemos a série “Kung Fu”, estrelada por David Carradine. Também não podemos deixar de mencionar o famoso, porém controverso, filme “Billy Jack” e sua ainda mais duvidosa sequência. E, em 1971, tivemos o filme franco-italiano “Red Sun”.
Embora possa parecer estranho juntar tantos elementos diferentes em um só filme, “Red Sun” é um filme muito divertido de se assistir. A trama se passa no Velho Oeste e gira em torno de um samurai japonês, interpretado por Toshirō Mifune, que se une a um pistoleiro americano, interpretado por Charles Bronson, para recuperar um tesouro roubado. A parceria entre os dois atores tão icônicos resulta em uma dinâmica interessante e cheia de ação.
O filme mistura com habilidade elementos dos dois gêneros, desde a estética até as cenas de luta. Podemos ver tiroteios típicos dos faroestes, porém com uma interpretação mais elegante e estilística, influenciada pelos filmes de samurais. Além disso, “Red Sun” apresenta uma trama envolvente, repleta de intriga e reviravoltas, que mantém o espectador entretido do início ao fim.
Um dos pontos altos do filme é a atuação de seus protagonistas. Toshirō Mifune, conhecido por seus papéis em filmes como “Os Sete Samurais” e “Yojimbo”, traz sua habilidade de artes marciais e sua presença imponente para o personagem do samurai. Já Charles Bronson, famoso por seus papéis em filmes de ação, traz sua atitude durona e seu talento para os tiroteios do faroeste.
“Red Sun” mostra que a mistura entre faroestes e filmes de samurais pode funcionar muito bem quando feita com habilidade. Embora possa ser considerado um filme de nicho, é uma ótima opção para os fãs de ambos os gêneros. A combinação da estética do faroeste e das artes marciais japonesas resulta em cenas de luta visualmente impressionantes.
É importante destacar que, assim como outros filmes do gênero, “Red Sun” reflete a cultura e o contexto de sua época. O filme aborda temas como a busca pelo poder e a relação entre diferentes culturas, utilizando o ambiente do faroeste para explorar essas questões.
Em resumo, “Red Sun” é um exemplo interessante de como os gêneros do faroeste e dos samurais podem se cruzar e criar algo único e emocionante. Com a parceria entre Charles Bronson e Toshirō Mifune, o filme se destaca como uma mistura bem-sucedida de elementos dos dois gêneros. Se você é fã de faroestes ou filmes de samurais, vale a pena conferir essa obra que traz o melhor dos dois mundos.
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