O renomado autor de fantasia Brandon Sanderson teceu críticas contundentes às recentes adaptações de obras épicas, como “The Lord of the Rings: The Rings of Power” da Amazon e “The Wheel of Time”, questionando a falta de atenção que a Netflix deu a Henry Cavill na série “The Witcher”. Sanderson, famoso por seu universo Cosmere que inclui as séries “Mistborn” e “The Stormlight Archive”, expressou sua preocupação com o desempenho dessas adaptações.
Em uma conversa com a Polygon, Sanderson pontuou que os problemas com o streaming são uma das razões pelas quais ele hesita em adaptar suas obras. Ele comentou que “Rings of Power” e “Wheel of Time” não tiveram a performance que ele esperava. Ele ainda destacou que “Shadow and Bone” durou apenas duas temporadas, apesar de um primeiro ano promissor, o que indica que o streaming ainda não conseguiu acertar na criação de fantasias épicas.
Uma das suas preocupações é que, talvez, as produções estejam tentando se alinhar a uma estrutura de televisão antiga, em vez de criar algo mais cinematográfico. “Na verdade, não vimos grandes adaptações de fantasia épica desde as melhores temporadas de “Game of Thrones”. O elevado investimento financeiro por episódio não é a questão principal; é preciso que haja uma visão clara”, ele explicou.
Sanderson elogiou a série animada “Arcane” da Netflix e revelou que deseja adaptar sua obra “Stormlight”. No entanto, ele reconhece as dificuldades depois de observar o fracasso de “Rings of Power” e “The Witcher”. Em relação à “The Witcher”, ele lamentou que a Netflix não tenha dado ouvidos a Cavill, a quem considera um “filme visionário”.
“Com um orçamento sem limites e liberdade criativa absoluta, eu conseguiria fazer algo excelente. Mas quem sabe? “Rings of Power” tinha isso e não resultou em um grande sucesso. Acredito que o problema está na falta de liberdade criativa; “The Witcher” teve Henry Cavill como um visionário, mas não ouviram suas sugestões”, concluiu.
Os desafios enfrentados por essas adaptações levantam questões sobre a viabilidade de realizar grandes obras de fantasia na televisão, especialmente quando há uma desconexão entre os criadores e o material fonte. A situação evidencia a importância da colaboração entre atores e roteiristas para alcançar um resultado satisfatório.
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