“Ad Astra”, lançado em 17 de setembro de 2019 e dirigido por James Gray, é um filme de ficção científica estrelado por Brad Pitt, que tem sido considerado um dos trabalhos mais subestimados do ator. A obra explora temas de solidão e busca existencial em meio ao vasto e misterioso espaço. A inspiração em “2001: Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick, é nítida, principalmente na forma como James Gray utiliza efeitos práticos para criar uma atmosfera imersiva que homenageia a obra-prima do diretor.
O filme, que tem uma duração de 124 minutos, apresenta Pitt como Roy McBride, um astronauta em uma missão que o leva a confrontar não apenas os perigos do espaço, mas também suas próprias emoções e relacionamentos. Em “Ad Astra”, os efeitos práticos desempenham um papel crucial, fazendo com que o cenário espacial se sinta tanto vasto quanto intimidador, semelhante ao que Kubrick alcançou em seu clássico de 1968. A imagem do espaço é construída não apenas para impressionar visualmente, mas também para servir de pano de fundo para a jornada emocional do protagonista.
A abordagem de “Ad Astra” em relação a seus efeitos é um elemento central para a narrativa. Ao contrário de muitos filmes de ficção científica que se apoiam pesadamente em efeitos digitais, este filme aposta na fisicalidade e realismo para conectar o público com o ambiente inóspito do espaço. Isso se traduz em uma experiência cinematográfica que é tão psicológica quanto visual, permitindo que os espectadores sintam tanto a grandiosidade quanto a solidão do cosmos.
Brad Pitt, conhecido por seu carisma e estrelato, apresenta uma performance contida e introspectiva em “Ad Astra”. Esse afastamento de seu habitual papel carismático foi uma escolha deliberada da direção, projetando uma imagem de vulnerabilidade que ressoa com a solidão do espaço. A narrativa não só envolve a evolução e os desafios do protagonista, mas também utiliza os efeitos práticos para acentuar essa sensação de isolamento.
A comparação entre “Ad Astra” e “2001: Uma Odisseia no Espaço” revela contrastes significativos em como cada filme aborda o entendimento do espaço. Enquanto Kubrick se preocupara em levar seu público a novas dimensões do desconhecido, Gray adapta esse conceito ao seu tempo, utilizando as ferramentas narrativas contemporâneas e o conhecimento adquirido desde a era de Kubrick para contar uma história que é ao mesmo tempo conhecida e estranha.
Ambos os filmes, embora diferentes em intenção e execução, oferecem uma profunda reflexão sobre a condição humana. Com “Ad Astra”, James Gray não apenas homenageia a obra de Kubrick, mas também oferece uma nova perspectiva sobre o que significa viajar pelo espaço e o que isso revela sobre nós mesmos.
“Ad Astra” está disponível para streaming em plataformas como Prime Video e Apple TV, proporcionando uma oportunidade para novas audiências explorarem essa jornada emocional em meio às estrelas.
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