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Avatar em PS5 Pro: a revolução que ficou para trás?

Avatar em PS5 Pro: a revolução que ficou para trás?
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A recente atualização de “Avatar: Frontiers of Pandora” para o PlayStation 5 Pro está gerando polêmica entre os jogadores, pois muitos afirmam que a versão Pro do jogo apresenta uma qualidade de imagem inferior à do console padrão. Lançado no dia 2 de dezembro de 2024, o jogo foi promovido com especificações que prometiam um desempenho gráfico impressionante, oferecendo gráficos da versão padrão a 60fps. No entanto, a prática revelou que, na realidade, a versão Pro parece menos atrativa do que a versão base e até a sua versão de desempenho apresenta vantagens visuais em relação ao modelo Pro.

Historicamente, com o lançamento de consoles melhorados, como o PlayStation 4 Pro, já era esperado que alguns jogos não atingissem os padrões de desempenho e qualidade estabelecidos. Naquela época, títulos como “The Last of Us Remastered” e “Watch Dogs 2” enfrentaram problemas semelhantes, mas esses eram casos isolados, solucionados rapidamente por atualizações. A situação atual, onde muitos jogos da PS5 Pro estão apresentando problemas de qualidade, levanta a questão: qual é o objetivo de um console melhorado se a experiência final é inferior à do modelo anterior?

Um dos fatores que contribuem para essa degradação da qualidade visual é a tecnologia de upscaling da Sony, chamada de PlayStation Spectral Resolution (PSSR), que visa oferecer resultados semelhantes a tecnologias como Nvidia DLSS. Essa técnica utiliza uma rede neural para melhorar a qualidade de imagem a partir de uma resolução mais baixa, mas no caso de “Avatar”, a PSSR tem demonstrado problemas especialmente em efeitos de transparência e traçado de raios, resultando em uma perda de detalhes notável.

O jogo opera dentro de uma janela de resolução dinâmica que varia entre 720p e 1800p. Isso, combinado com a vegetação complexa e os efeitos de traçado de raios, culmina em uma experiência visual que, em diversos momentos, se assemelha a um “efeito dos três cavaleiros do apocalipse”, fazendo com que a versão Pro pareça inferior à versão padrão.

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O que se observa agora é que a implementação da PSSR pode ser tão prejudicial quanto benéfica, algo preocupante para um console e uma atualização que custam caro. A expectativa é que um jogo melhorado não apresente uma qualidade inferior ao do modelo padrão, e isso deveria ser uma diretriz inegociável para os desenvolvedores.

Além disso, existe um apelo crescente por parte dos usuários para que jogos habilitados para PS5 Pro possam ser jogados com as características da versão padrão, utilizando apenas a potência extra do novo console, sem os recursos que estão causando degradação.

Testes mais rigorosos para atualizações do Pro se tornaram uma necessidade imperativa, dado o histórico recente de falhas evidentes em vários títulos. Uma solução que tem sido mencionada é permitir um sistema de opção para desligar recursos de atualização, semelhante a implementações bem-sucedidas em títulos como “God of War Ragnarok” ou “Gran Turismo 7”.

A discussão sobre a qualidade da PSSR é um reflexo de um momento crucial para a Sony, que deve rever como pretende integrar essa tecnologia em futuros lançamentos e correções. Afinal, para um console que representa um investimento significativo, a expectativa é que os jogos rodem com uma qualidade que supere o modelo anterior, e não o contrário.