Eu Vi A Crítica da TV Glow: A Performance Emocional de Justice Smith Eleva o Mistério de Terror e Coming-of-Age
No Festival de Cinema de Sundance de 2021, a diretora e roteirista Jane Schoenbrun apresentou ao mundo um novo gênero de terror emo com “Estamos Todos Indo para o Mundo dos Sonhos”. Com “Eu Vi a TV Glow”, Schoenbrun expande seu conceito oferecendo uma exploração potente da realidade versus ficção. O filme acompanha Justice Smith como Owen, um adolescente solitário tentando sobreviver na vida nos subúrbios. Quando sua amiga Maddy (Brigette Lundy-Paine) o apresenta a um programa chamado “The Pink Opaque”, o mundo de Owen vira de cabeça para baixo, à medida que sua crescente obsessão pelo mistério de terror da madrugada começa a desmantelar sua realidade.
A direção de Jane Schoenbrun é confiante e etérea, proporcionando uma experiência envolvente. Eles têm um domínio completo da atmosfera do filme e criam uma sensação constante de tensão e desconforto. A estética visual é deslumbrante, com tons sombrios e uma paleta de cores frias que ajudam a criar uma atmosfera intensa e misteriosa. A cinematografia é habilmente realizada, capturando tanto os momentos de quietude e introspecção quanto os momentos de reviravoltas emocionais. Schoenbrun também utiliza a trilha sonora de forma inteligente, criando uma ambientação sonora que intensifica as emoções e aumenta a sensação de suspense.
Justice Smith entrega uma performance emocionalmente intensa como Owen. Ele retrata com habilidade a solidão e a desorientação do personagem, mostrando sua transformação gradual à medida que sua obsessão pela série de TV cresce. Smith consegue transmitir uma ampla gama de emoções com sutileza e sinceridade, tornando-o um protagonista cativante e tridimensional. Sua química com Brigette Lundy-Paine (Maddy) é palpável, acrescentando uma camada adicional de autenticidade ao relacionamento entre os personagens.
O enredo de “Eu Vi a TV Glow” é uma jornada emocionalmente inquietante que mergulha profundamente na psicologia do protagonista. Schoenbrun explora a influência da mídia na forma como percebemos a realidade, questionando até que ponto somos afetados pelas histórias que consumimos. A narrativa é habilmente construída, revelando lentamente os elementos do mistério enquanto mergulha nas complexidades da mente de Owen. O filme mantém o espectador constantemente envolvido e intrigado, deixando espaço para interpretação e reflexão.
Além da história central, “Eu Vi a TV Glow” também aborda temas mais amplos relacionados à solidão, identidade e conexão humana. O filme examina a dificuldade de encontrar seu lugar no mundo e a necessidade de pertencimento. Owen é um personagem profundamente solitário e sua obsessão pela série de TV revela sua busca por uma conexão emocional. Schoenbrun usa essa história pessoal para explorar questões universais sobre nossa experiência humana compartilhada.
Em resumo, “Eu Vi a TV Glow” é um filme emocionalmente envolvente e profundamente humano. A direção confiante de Jane Schoenbrun e a performance poderosa de Justice Smith elevam o gênero de mistério de terror e coming-of-age a novos patamares. O filme oferece uma reflexão potente sobre a realidade versus ficção e nos lembra da importância de nossa conexão uns com os outros. Sem dúvida, é uma obra-prima do cinema independente que vale a pena assistir.
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