O cineasta japonês Ryusuke Hamaguchi afirmou em entrevista recente que o mal não existe. Ele abordou essa temática em seu filme “Drive My Car”, que estreou no Festival de Cannes de 2021 e foi elogiado pela crítica.
Hamaguchi explicou que, ao criar o enredo de “Drive My Car”, ele se baseou em uma frase do escritor russo Anton Chekhov, que dizia: “É incorreto pintar pessoas brancas e pretas, porque o bem e o mal estão em todos”.
No filme, o diretor aborda diferentes aspectos da natureza humana e busca mostrar que as ações que podem parecer ruins ou maléficas têm motivos e circunstâncias que as justificam, de acordo com a perspectiva de cada indivíduo.
A trama gira em torno de um ator de teatro que contrata uma motorista para conduzi-lo enquanto ele ensaia seus papéis. Durante as viagens, eles se envolvem em conversas profundas e reflexivas sobre a vida, relacionamentos e a própria existência.
“Drive My Car” é uma adaptação de um conto do escritor japonês Haruki Murakami e foi elogiado pela crítica internacional. O filme também aborda questões como a arte e a memória, elementos recorrentes na filmografia de Hamaguchi.
Ryusuke Hamaguchi é conhecido por sua abordagem sensível e introspectiva em seus filmes, explorando as emoções e os dilemas dos personagens de forma humanizada. Seus trabalhos anteriores incluem “Asako I & II” (2018) e “Happy Hour” (2015).
“Drive My Car” estreou no Festival de Cannes em julho de 2021 e foi premiado com a Palma de Ouro na categoria Un Certain Regard, que reconhece filmes inovadores e originais. O filme também foi selecionado para representar o Japão na corrida pelo Oscar de Melhor Filme Internacional.
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