Andy Serkis, conhecido por seu papel icônico como Gollum na franquia “O Senhor dos Anéis”, atualmente ocupa a posição de diretor do novo filme “The Lord of the Rings: The Hunt for Gollum”. Em uma discussão recente sobre o uso da inteligência artificial (IA) em produções cinematográficas, ele expressou que considera a tecnologia como “uma forma de magia”. Suas declarações surgem em meio a um debate crescente sobre os impactos da IA em Hollywood.
Serkis participou de um painel no Congresso do Partido Trabalhista no Reino Unido, onde abordou os prós e contras da IA. Ele acredita que as preocupações em relação a essa tecnologia são motivadas pelo medo e que a IA é um “ferramenta mal compreendida”, comparando-a à internet, que antes era vista com desconfiança. “É outra forma de magia que está assustando as pessoas. Até mesmo as maiores empresas de efeitos visuais não estão criando coisas tão boas quanto indivíduos em suas casas. É muito mal interpretada e lançada de forma pejorativa, assim como provavelmente as pessoas sentiram que a internet iria destruir suas vidas”, afirmou.
Serkis também reconheceu os riscos que a IA pode representar para a carreira dos atores se não houver uma regulamentação adequada. Ele defende que é essencial garantir a compensação justa para os artistas cujas imagens são utilizadas na geração de conteúdo por IA. “Levou muito tempo para os atores entenderem o que significa vestir uma fantasia ou usar maquiagem e depois se colocar em um traje especial e agir”, comentou.
No que diz respeito ao futuro, Serkis está entusiasmado com as possibilidades que a IA pode oferecer na criação de personagens mais realistas. Ele fundou a Imaginarium Studios, focada em aprimorar a tecnologia de captura de movimento, e agora planeja explorar o potencial da IA em projetos que envolvem histórias narrativas. Para ele, a criação desses personagens deve ser cuidadosa, com uma “direção humana” por parte de artistas.
Além disso, já existem planos para integrar a tecnologia de IA em “The Lord of the Rings: The Hunt for Gollum”. Embora a utilização de CGI já seja uma prática comum na franquia, observa-se que a aceitação da IA no cinema ainda está em desenvolvimento, similar à forma como a captura de movimento foi inicialmente recebida.
Com a estreia prevista para 2026, a expectativa é que a IA desempenhe um papel significativo no processo criativo do novo filme, embora o impacto dessa tecnologia sobre a produção e recepção do longa-metragem permaneça incerto.
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