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A Primeira Aparição de Produto na Tela

A Primeira Aparição de Produto na Tela
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A prática de inserir produtos em filmes, conhecida como product placement, pode parecer algo moderno, mas na verdade remonta aos primórdios do cinema. Desde os filmes dos irmãos Lumière e Thomas Edison, já era possível encontrar exemplos de product placement, que consiste na inclusão estratégica de produtos no enredo e nas cenas de um filme.

Hoje em dia, é raro assistir a um filme de Hollywood que não faça uso desse recurso. Seja Mark Wahlberg colidindo uma espaçonave com um caminhão cheio de garrafas de alumínio da Bud Light em “Transformers: A Era da Extinção” ou o comercial de cinco minutos da Lexus no meio de “Pantera Negra”, a presença de produtos é algo comum e quase imperceptível. Estamos tão acostumados a isso que, a menos que seja extremamente exagerado, nem mesmo notamos mais.

Mas a verdade é que o product placement não é uma invenção recente. Ele acompanha a história do cinema desde seus primórdios. No final do século XIX, os irmãos Lumière e Thomas Edison já exploravam essa estratégia. Em filmes como “Washing Day in Switzerland”, dirigido por Robert W. Paul em 1896, é possível identificar a presença de diversas marcas, como a Sunlight Soap, que aparece de maneira proeminente na trama.

A Sunlight Soap foi uma das primeiras marcas a enxergar o potencial do cinema como uma ferramenta de marketing. A empresa percebeu que ao ter seu produto exibido em uma tela gigante para uma audiência em constante crescimento, poderia alcançar um imenso número de consumidores em potencial. Essa estratégia se mostrou tão eficaz que outras marcas rapidamente seguiram o exemplo, levando ao surgimento do product placement como conhecemos hoje.

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Ao longo dos anos, o product placement evoluiu e se adaptou às mudanças no cinema e no comportamento do público. Os filmes de James Bond, por exemplo, são conhecidos por suas parcerias com marcas de automóveis e de moda. A franquia se tornou um case de sucesso de product placement, pois as marcas conseguem associar seus produtos ao estilo e à sofisticação do icônico personagem.

Além disso, as empresas também se aproveitam das oportunidades de tie-in marketing, que é quando uma marca se une a um filme ou programa de TV para promover seus produtos de forma mais integrada à narrativa. Um exemplo famoso é a parceria entre a Coca-Cola e o filme “De Volta para o Futuro”. A marca lançou uma edição especial de sua bebida que fazia referência ao filme, gerando uma enorme repercussão e aumentando consideravelmente as vendas.

Assim, o product placement e o tie-in marketing são estratégias antigas que se adaptaram aos tempos modernos. Hoje, com a crescente influência das redes sociais e do streaming, as marcas têm ainda mais oportunidades para se inserir no entretenimento e alcançar seu público-alvo de maneiras criativas e impactantes.

Apesar de ser uma estratégia eficaz, é importante que o product placement seja feito de forma sutil e não prejudique a experiência do espectador. Quando bem executado, ele pode adicionar realismo às cenas, contribuir para a verossimilhança da história e até mesmo se tornar uma fonte de financiamento para produções cinematográficas.

Sendo assim, o product placement não é uma prática exclusiva dos dias atuais. Sua história remonta aos primórdios do cinema e continua evoluindo junto com a indústria do entretenimento. Com o avanço da tecnologia e das plataformas de distribuição de conteúdo, é provável que essa estratégia se torne ainda mais presente e impactante no futuro.