O filme “Ghostbusters”, lançado em 14 de julho de 2016, dirigido por Paul Feig, foi concebido como uma comédia de verão, mas acabou se tornando um campo de batalha político. Com um elenco feminino composto por Kristen Wiig, Melissa McCarthy, Kate McKinnon e Leslie Jones, o reboot do icônico filme dos anos 1980 gerou reações intensas antes mesmo de ser lançado. Durante uma entrevista, Feig discutiu como o clima político da época, especificamente relacionado à corrida presidencial entre Hillary Clinton e Donald Trump, transformou o filme em um tema de controvérsia.
Trump, em particular, criticou o filme em suas redes sociais, destacando seu descontentamento com a escolha de um elenco apenas feminino e aludindo à sua insatisfação com outras produções cinematográficas da época. Feig declarou que muitos dos comentários negativos direcionados ao filme eram provenientes de apoiadores de Trump. Ele refletiu sobre como a polarização política levou a uma divisão entre as audiências, onde simplesmente apoiar o filme era visto como uma declaração política. “O clima político da época era muito estranho, com Hillary Clinton se candidatando à presidência em 2016. Havia muitos homens à procura de uma briga… Todos ficaram enlouquecidos. Transformou o filme em uma declaração política”, comentou Feig.
A campanha de ataques direcionados ao filme comparou-se a outras campanhas de assédio online, que tiveram início com GamerGate, um movimento também associado a hostilidade contra mulheres. Essa dinâmica gerou um ambiente tóxico que influenciou tanto a recepção do filme quanto o debate em torno dele. Apesar de tudo, “Ghostbusters” de 2016 superou nas bilheteiras os filmes posteriores da franquia “Ghostbusters: Afterlife” e “Ghostbusters: Frozen Empire”, desafiando a percepção de que uma produção seria um fracasso financeiro por conta da sua abordagem inclusiva.
Os comentários de Feig e a recepção tumultuada do filme demonstram como as narrativas cinematográficas podem se entrelaçar de forma inesperada com os debates sociais e políticos contemporâneos.
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