David Gaider, um dos escritores de Dragon Age, compartilhou recentemente seus sentimentos sobre a criação do personagem Dorian, o mago gay da série. Após o lançamento de The Veilguard, Gaider se concentrou nas origens desse querido personagem, revelando que, mesmo inicialmente, Dorian não era pensado como gay. Sua sexualidade foi incorporada organicamente à sua história, surgindo durante o processo de desenvolvimento.
Gaider explicou que a questão da sexualidade de Dorian surgiu enquanto exploravam as razões pelas quais ele deixou Tevinter, onde qualquer desvio do que é considerado normal é visto como escandaloso. Ele mencionou que essa dinâmica familiar e a luta de Dorian contra a dificuldade de aceitar sua identidade foram retratadas de forma muito pessoal. “Eu escrevi toda a cena de confronto em uma só vez. Após terminar, eu provavelmente chorei mais do que nunca em minha vida”, afirmou Gaider.
O escritor enfatizou que, embora a história de Dorian não precisasse girar apenas em torno de sua sexualidade, as experiências de vida que ele trouxe ao personagem significaram que elas poderiam ser incluídas. “Isso permitiu que eu dissesse algo”, disse ele, refletindo a importância de dar voz a narrativas minoritárias.
Além disso, Dorian rapidamente se tornou conhecido por sua identidade gay, uma parte importante, mas não a única de sua história. Gaider expressou que esse foco excessivo na sexualidade, às vezes, pode ser frustrante, mas a recepção do público em relação ao personagem foi amplamente positiva. Ele ficou especialmente contente com as histórias de jogadores que se identificaram com Dorian e como ele os ajudou durante momentos difíceis.
Enquanto as ideias iniciais para o personagem incluíam até um macaco como seu animal de estimação, esse conceito foi descartado. O design de Dorian foi descrito como “Rock Star Mage”, mencionando a semelhança com Freddie Mercury, o que também pode ter influenciado a decisão em torno de sua sexualidade.
Dorian é um personagem que simboliza a luta pela aceitação e a busca por uma identidade própria, e a contribuição de Gaider para essa narrativa é um belo exemplo de como os escritores podem utilizar suas experiências pessoais para enriquecer suas criações.
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