**O Candidato: Uma Análise do Clássico de 1972**
“O Candidato”, lançado em 29 de junho de 1972, é uma reflexão satírica sobre a política americana, estrelando o icônico Robert Redford no papel de Bill McKay, um advogado que se torna um inesperado candidato ao Senado. Dirigido por Michael Ritchie, o filme aborda as complexidades da política e a transformação que ocorre quando alguém que não esperava ganhar começa a levar a campanha a sério.
**Sinopse do Filme**
Bill McKay é escolhido por um consultor político, Marvin Lucas, para concorrer a uma vaga no Senado contra um candidato republicano popular, Crocker Jarmon. Inicialmente, McKay aceita a candidatura apenas para poder expressar suas opiniões sem a pressão de vencer, sendo alguém que, na visão de Lucas, não tinha chances reais. No entanto, conforme a campanha avança, McKay se vê cada vez mais envolvido no processo e sua popularidade cresce, forçando-o a avaliar se deve manter sua autenticidade ou se adaptar às expectativas eleitorais.
**Conexões com a Realidade**
Embora os personagens do filme sejam fictícios, o roteiro de Jeremy Larner é influenciado por experiências reais no mundo político. Larner foi redator de discursos para o senador Eugene J. McCarthy durante a corrida presidencial de 1968, o que lhe proporcionou um profundo conhecimento sobre as dinâmicas de campanhas políticas. Ele trabalhou com Redford e Ritchie por um verão inteiro para formatar o roteiro, que seria lançado antes das eleições presidenciais de 1972.
Larner fez questão de incluir situações que vivenciou, como uma cena em que um candidato é agredido em um banheiro, algo que realmente aconteceu com McCarthy. “Utilizei algumas experiências diretamente das campanhas,” disse Larner ao refletir sobre o processo de escrita.
**Impacto e Recepção**
“O Candidato” foi amplamente aclamado pela crítica, elogiado por seu humor afiado e o desempenho de Redford. O filme não apenas fez sucesso nas bilheteiras, arrecadando 2,5 milhões de dólares, mas também foi reconhecido com o Oscar de Melhor Roteiro Original.
A narrativa continua relevante, refletindo o estado atual da política, com muitos críticos e espectadores notando suas conexões com a realidade contemporânea. “É uma das poucas comédias políticas americanas realmente boas e engraçadas,” afirmou o The New York Times na época de seu lançamento.
**Legado do Filme**
Com uma classificação de 89% no Rotten Tomatoes, “O Candidato” é considerado um marco do cinema político. A performance de Robert Redford e o roteiro perspicaz de Larner destacam-se, criando uma obra que, apesar de ter sido lançada há mais de cinquenta anos, ainda ressoa com as preocupações políticas atuais.
Através de sua análise satírica da política, “O Candidato” serve como um convite à reflexão sobre a integridade e a autenticidade na esfera pública, temas que permanecem cruciais nas eleições modernas.
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