O universo cinematográfico da Marvel (MCU) tem enfrentado críticas crescentes por sua abordagem com relação aos romances entre seus heróis. Ao longo dos anos, muitos fãs se perguntam: onde estão as histórias de amor que tornaram alguns personagens tão memoráveis? Um exemplo recente que ilustra essa ausência é o filme “Capitão América: Brave New World”, onde a interação entre Sam Wilson e Leila Taylor é retratada mais como amizade do que qualquer outra coisa, mesmo sendo esta uma interessante potencial parceira nos quadrinhos.
Além disso, Rosa Salazar foi escalada para o papel de Diamondback, uma vilã que também é um interesse romântico de Steve Rogers, mas seu personagem acabou sendo cortado do filme. A ausência de romances significativos, que poderia enriquecer a narrativa e criar conexões mais profundas entre os personagens, é algo que se destaca nesse contexto.
Desde o início do MCU, romances como o de Tony Stark e Pepper Potts, ou Bruce Banner e Betty Ross, foram muitas vezes centrais nas tramas. Contudo, em produções mais recentes, como “Thor: Love and Thunder”, a química entre os protagonistas parece ter sido reduzida a um plano de fundo, sem o devido desenvolvimento que se esperava.
Além disso, Patty Jenkins abandonou “Thor: The Dark World” porque queria enfatizar a relação romântica entre Thor e Jane Foster, enquanto que, em “Thor: Ragnarok”, esta dinâmica foi completamente ignorada. Em “Ant-Man”, apesar da intenção inicial de criar uma comédia romântica, a história do relacionamento entre Scott Lang e Hope Van Dyne foi relegada a segundo plano.
No entanto, não se pode dizer que o MCU ignorou totalmente os romances. A série “Eternos”, por exemplo, apresentou a tão comentada “primeira cena de sexo do MCU”, mas a química entre os protagonistas foi amplamente criticada. O sucesso das sequências “WandaVision” e “Loki”, que destacaram romances significativos, indica que esses elementos ainda podem atrair os fãs e melhorar a conexão emocional com o público.
Ignorar completamente os romances poderia parecer uma estratégia estranha para um estúdio que já percebeu a importância de atrair um público diversificado. Filmes como “Titanic” e “Crepúsculo” demonstraram a força de uma boa história de amor no cinema, e a Marvel poderia se beneficiar disso. Um retorno a romances bem construídos poderia ajudar a revitalizar o interesse nas franquias e garantir que as próximas fases do MCU resgatem algumas das emoções perdidas.
As oportunidades estão se apresentando. Com a estreia do filme “Fantastic Four: First Steps”, espera-se que a química entre Reed Richards e Susan Storm seja explorada de forma mais profunda. Além disso, o potencial surgimento de romances entre os Jovens Vingadores e novos personagens pode oferecer ao MCU a chance de explorar uma nova gama de dinâmicas e arquétipos românticos.
Em um mundo onde os super-heróis frequentemente refletem experiências humanas reais, a inclusão de romances e histórias de amor deixadas de lado pode não apenas tornar as narrativas mais relacionáveis, mas também revigorar o interesse do público em um universo que já encantou milhões. Com o lançamento do recente “Capitão América: Brave New World”, a expectativa é que a Marvel encontre um equilíbrio entre ação e romance, resgatando um elemento vital da narrativa que fez o sucesso do MCU no passado.

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