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Realidade histórica em filme de Zack Snyder é ilusória

Realidade histórica em filme de Zack Snyder é ilusória
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Zack Snyder é conhecido por seu estilo visual marcante e suas adaptações de histórias em quadrinhos, incluindo o filme “300”. Após o sucesso do primeiro longa-metragem, “300: Rise of an Empire” foi lançado em 2014, com Snyder no papel de co-roteirista e produtor, enquanto Noam Murro dirigiu o filme. Esta sequência continua a narrativa da guerra entre os gregos e o rei persa Xerxes, interpretado por Rodrigo Santoro. O elenco conta ainda com Lena Headey e David Wenham reprisando seus papéis do primeiro filme, enquanto Sullivan Stapleton e Eva Green são as novas adições.

A história se passa durante a Batalha de Maratona, focando em como os atenienses, liderados pelo general Themistocles, enfrentam as forças persas. A bilheteira mundial do filme alcançou 337 milhões de dólares, inferior aos 456 milhões de seu antecessor, e a recepção crítica também foi menos entusiástica.

Um historiador, Roel Konijnendijk, analisou a representação da batalha no filme e criticou a falta de realismo. Ele destacou que a ideia da vitória ateniense através de “táticas de surpresa” é incorreta, uma vez que os atenienses não atacaram os persas durante o desembarque, mas esperaram por dias antes de se confrontarem. Além disso, ele apontou a representação errônea dos equipamentos usados pelos combatentes, como escudos e armas que não condizem com os que os gregos teriam utilizado na época.

Konijnendijk comentou: “Eles deveriam ter corrido desde seu acampamento para a batalha, o que levanta dúvidas sobre a possibilidade de isso ter acontecido. Não acreditamos que pessoas pudessem correr essa distância completas armaduras sob o calor do verão.” A crítica se estende às armas dos persas, que parecem mais egípcias do que persas, indicando uma falta de precisão histórica.

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Apesar da crítica à precisão histórica, o historiador reconheceu que o filme consegue transmitir a brutalidade e o impacto emocional da batalha, mesmo que a representação em si seja considerada “completa fantasia”. Ele classificou a narrativa com uma nota baixa, revelando que para ele, a falta de realismo foi alarmante.

Embora “300: Rise of an Empire” mantenha a estética e o estilo de ação exagerada que são marcas registradas de Snyder, fica claro que a busca pela precisão histórica não foi uma prioridade. A ênfase permanece na dramatização e na criação de uma narrativa visual impactante, o que pode agradar os fãs de ação, mas deixa a desejar para aqueles que valorizam a história.

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