O filme “300”, dirigido por Zack Snyder e lançado em 9 de março de 2007, é frequentemente considerado uma das melhores obras do diretor, apresentando uma dramatização da famosa batalha entre os 300 soldados espartanos e o exército persa na Batalha das Termópilas, ocorrida em 480 a.C. Com um elenco que inclui Gerard Butler, Lena Headey, Michael Fassbender, Dominic West e David Wenham, o filme é conhecido por suas sequências de batalha coreografadas, paletas de cores escuras e uso de câmera em câmera lenta, características que conquistam muitos fãs de Snyder.
No entanto, “300” tem sido alvo de críticas por sua falta de precisão histórica. O historiador especializado em Esparta, Roel Konijnendijk, analisou o filme e destacou diversos pontos onde a ficção tomou o lugar da história verídica.
1. **Número de guerreiros espartanos**: Embora o título do filme sugira que apenas 300 espartanos participaram da batalha, Konijnendijk menciona que há fontes que indicam que o número poderia ser maior, chegando a 1000 guerreiros.
2. **Representação da armadura**: O visual das armaduras dos espartanos no filme é bastante famoso, mas Konijnendijk descreve como “ridículo”. Os espartanos usavam na verdade armaduras adequadas durante as batalhas, além de tunicas e capacetes, diferentemente do que é exibido na produção.
3. **Animais de guerra**: O filme apresenta rinocerontes de guerra e elefantes, que são descritos como “fantasiosos”. Apesar de elefantes de guerra terem sido usados na antiguidade, isso não ocorreu no período retratado no filme. A utilização documentada de elefantes na guerra persa começou um século depois da Batalha das Termópilas.
4. **Os Imortais**: Os temíveis guerreiros conhecidos como Imortais, que aparecem no filme, são uma unidade histórica real. Contudo, sua representação através de elementos de fantasia foi criticada. Konijnendijk se mostrou confuso quanto à aparência e ao desempenho desses soldados, pontuando que a imagem criada por Frank Miller, autor da graphic novel na qual o filme se baseia, não tem fundamento histórico.
Konijnendijk se expressa de maneira bem humorada ao dizer: “Não sei o que Frank Miller estava usando quando ele criou isso!” Apesar das inúmeras inverdades, é importante lembrar que o filme não tinha a intenção de ser um documentário, mas sim uma interpretação dramática e estilizada de eventos históricos. Portanto, enquanto assistimos a “300”, é bom relaxar e apreciar a visão única que Snyder trouxe à tela, mesmo que os detalhes estejam longe da realidade histórica.
Filmes, séries, músicas, bandas, clipes, trailers, críticas, artigos, uma odisseia. Quer divulgar o seu trabalho? Mande seu release pra gente!