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Horror e Pertencimento: O que Midsommar Revela sobre Nós?

Horror e Pertencimento: O que Midsommar Revela sobre Nós?
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**Midsommar: Uma Análise Crítica do Horror e da Cultura Sueca**

Lançado em 3 de julho de 2019, “Midsommar”, dirigido por Ari Aster, é um filme que provoca divisões entre os espectadores, especialmente em relação à maneira como aborda o horror e a cultura. O enredo gira em torno de um grupo de amigos que viaja para um festival de midsummer na Suécia, onde logo se vêem envolvidos em uma série de rituais e eventos violentos, culminando em questões profundas sobre pertencimento e trauma.

**1. O Impacto do Horror em Midsommar**
Desde o início, o filme utiliza imagens perturbadoras, começando com a cena em que Dani, interpretada por Florence Pugh, enfrenta a trágica morte de sua família. Essa sequência estabelece um tom sombrio e emocional que permeia a narrativa. O uso intenso de horror corporal, como o sacrifício de Simon e os rituais de suicídio entre os anciãos, é notável, mas muitos críticos, incluindo aqueles que não apreciaram o filme, argumentam que essas cenas servem apenas para chocar, sem um impacto narrativo claro.

**2. Comparação com Hereditary**
Uma comparação frequente é feita entre “Midsommar” e o filme anterior de Aster, “Hereditary”. Enquanto “Hereditary” utiliza o horror para explorar temas como culpa e trauma familiar, muitos críticos consideram que “Midsommar” falha em criar um propósito narrativo convincente para suas cenas grotescas. A eficácia do horror em “Hereditary” reside em sua capacidade de desenvolver os personagens e a trama de maneira significativa, ao contrário do que acontece em “Midsommar”.

**3. Apropriação Cultural e Mensagens de Desespero**
Outro ponto levantado é a representação da cultura sueca no filme. Críticos apontam que a maneira como Aster incorpora elementos culturais suecos, misturando-os com temas de eugenia e abuso, pode levar a uma representação vilanizada e respeitosa. O final, em que Dani encontra um suposto senso de pertencimento em uma comunidade que promove assassinato e rituais perturbadores, levanta questões éticas sobre o conceito de pertencimento e a desumanização do outro.

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**4. Recepção e Impressão Pessoal**
Embora o filme tenha sido aclamado por muitos e considerado uma obra-prima do terror moderno, existem vozes que se sentem alienadas pelo seu conteúdo. Para alguns, como o autor da crítica, as imagens grotescas e o enredo chocante contribuem para uma experiência desagradável. O filme, em vez de servir como uma porta de entrada para o gênero horror, se torna uma barreira que impede o prazer em consumir outras obras do gênero.

**Conclusões sobre Midsommar**
“Midsommar” é uma obra que, embora técnica e visualmente impressionante, provoca debates sobre sua eficácia como um filme de horror significativo. Ele desafia as convenções do gênero, mas ao custo da clareza narrativa e do respeito cultural. Para aqueles que buscam um horror que engaje em diálogos sobre trauma e pertencimento, “Midsommar” pode oferecer experiências contrastantes, ao passo que para muitos, representa uma crítica a um gênero que deveria evocar medo, reflexão e conexão emocional.