**Revisão de Metro Awakening VR: Uma Experiência Compacta do Metro que Sugere Grandeza, mas Perde o Ritmo**
Metro Awakening VR se destaca logo nas primeiras horas como um forte concorrente para o trono de VR em jogos, especialmente quando comparado a Half-Life: Alyx. Ao começar, os jogadores são recebidos em uma pequena sala cheia de objetos interativos de física, que podem ser pegados, inspecionados e lançados. Os objetos interagem entre si, como quando uma peça de xadrez é arremessada em um tabuleiro, derrubando outras peças; ou ao deixar um livro pesado cair nas teclas de um piano, que toca as notas correspondentes.
A experiência continua com uma pequena aldeia habitada por NPCs, onde é possível escutar conversas, a menos que a pressa impeça essa interação. Após pouco tempo, o jogo apresenta uma sequência empolgante com uma metralhadora montada, onde o jogador deve enfrentar hordas de monstros conhecidos como Nosalis, o que demonstra um resumo da essência da série Metropolitano: uma atração de “maiores sucessos”.
No entanto, à medida que o jogo avança, torna-se evidente que as melhores partes estão concentradas nas primeiras horas, com a experiência se tornando repetitiva e os níveis menos inspiradores. Apesar de oferecer uma narrativa rica sobre a vida de Serdar, um médico cujo cotidiano é interrompido pela esposa que escuta a voz do falecido filho, o equilíbrio entre a narrativa profunda e os elementos de survival horror parece um tanto forçado.
Os momentos de ação e as interações com a história se repetem, levando a uma sequência previsível e menos estimulante. Por exemplo, os trechos em que um NPC fala ao jogador muitas vezes culminam em longas caminhadas por corredores, enquanto as cenas de combate se tornam previsíveis e limitadas. As seções de stealth, que deveriam ser tensas, se perdem devido à falta de variedade nos encontros.
As ferramentas em Metro Awakening, como a mochila do personagem que se deve acessar para obter itens, são implementadas de maneira eficaz, aumentando a imersão. As armas disponíveis, embora limitadas, oferecem uma sensação tátil ao serem recarregadas, e a ação de saquear inimigos após combates gera uma experiência satisfatória de presença.
Entretanto, a diversidade de inimigos é escassa, com apenas três tipos presentes: os pequenos Lurkers, os Nosalis e aranhas que atacam em seções radioativas. A falta de grandes confrontos ou elementos épicos também contribui para a sensação de repetitividade, já que os combates se concentram em facilitar uma experiência linear.
Visualmente, embora existam elementos admiráveis, o design dos personagens e expressões faciais podem parecer rígidos. A experiência em VR é significativamente melhor em plataformas adequadas, como o PC, em comparação ao PSVR 2, onde problemas técnicos, como o efeito Mura, podem afetar a estética.
**Recursos de Acessibilidade**: O jogo oferece modos de jogo sentado e em pé, opções para ajuste de tremores de câmera, interrupções para interação, legendas e diferentes modos de movimento.
Apesar dos problemas na segunda metade do jogo e da previsibilidade nos encontros, Metro Awakening ainda pode ser uma experiência envolvente, embora não aponte para uma possível repetição. Com um início forte e uma interpretação imersiva do ambiente apocalíptico, a experiência acaba não se destacando como um grande título de VR, ficando na média.
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