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A magia de Napoli: o mito de Parthenope no cinema de Sorrentino

A magia de Napoli: o mito de Parthenope no cinema de Sorrentino
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O filme “Parthenope”, dirigido por Paolo Sorrentino, será lançado nos cinemas italianos no dia 26 de outubro de 2024, após sua apresentação no Festival de Cannes. Este novo trabalho do cineasta, que já conquistou renomados prêmios com “É stata la mano di Dio”, explora a essência e a origem de Nápoles através do mito da sua fundação, centrando-se na figura de Partenope, interpretada pela atriz emergente Celeste Dalla Porta.

A narrativa do filme se desenrola em uma Nápoles vibrante que interage com sua história mítica. Partenope é apresentada como uma jovem que nasce em 1950, representando uma figura de beleza encantadora que cativa todos ao seu redor. Sua vida reflete não apenas suas experiências pessoais, mas também as complexas emoções e histórias dos habitantes da cidade.

A trama abrange sua infância em um ambiente privilegiado e os traumas da juventude, em especial a obsessão de seus irmãos mais velhos por sua beleza. Enquanto busca seu caminho entre o desejo de ser atriz e uma vocação acadêmica, ela vive intensamente os contrastes de sua cidade natal, experimentando amores fugazes e momentos de melancolia. A beleza que a envolve é uma constante em sua vida, assim como o tempo, que acompanha cada fase de sua existência.

Partenope acaba se tornando uma antropóloga e atrai a atenção de seu professor, Devoto Marotta, que se vê fascinado pela sua inteligência. Entretanto, sua busca por identidade e amor a leva a vários encontros, incluindo o de uma ex-estrela do cinema que se torna sua mentora, mas não uma guia confiável.

O significado do filme está intrinsecamente ligado ao mito de Partenope que, segundo a lenda, se jogou no mar ao perceber que não poderia conquistar Ulisse, uma referência aos mitos gregos e à história da fundação de Nápoles. Essas narrativas mitológicas fazem parte do DNA da cidade e se entrelaçam com a vida de Partenope, refletindo temas persistentes de amor, tragédia e a busca por significado.

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Além de apresentar a complexidade do papel de Partenope, o filme aborda outras versões do mito, como a de uma jovem que foge com seu amor e se torna a mãe do povo napolitano, e a história romântica entre a sirena e o centauro Vesúvio, mostrando a interconexão entre amor, perda e a criação da cidade.

O elenco de “Parthenope” é notável e inclui não apenas Celeste Dalla Porta, mas também Stefania Sandrelli, Luisa Ranieri, Silvio Orlando e Gary Oldman em um papel especial. Essa combinação de talentos promete trazer uma rica experiência cinematográfica que ressoa com a beleza e a complexidade da vida napolitana.

“Parthenope” é, portanto, mais do que um filme; é uma reflexão poética sobre a cidade, suas lendas e a condição humana, onde cada personagem traz à tona facetas da vida e amores que definem a região.

O trailer do filme está disponível para visualização, e a expectativa em torno da obra é alta, considerando o prestígio de Sorrentino e a profundidade de sua abordagem.