Rick and Morty: The Anime não teve a recepção esperada pelos fãs e sua primeira temporada foi marcada por desafios significativos. A série estreou em um contexto onde muitos esperavam ansiosamente pelo oitavo season da série original, mas o projeto buscava apresentar uma nova abordagem das aventuras da dupla em formato de anime. Desenvolvido por Takashi Sano, conhecido por seu trabalho em Tower of God, o projeto iniciou como uma série de curtas animados antes de se expandir para uma série completa.
Logo no início, os episódios mostraram um potencial promissor, introduzindo novas narrativas e um tratamento diferente do multiverso, mas a sequência não foi capaz de manter o engajamento do público. A narrativa não linear complicou a compreensão da história, criando um entrave para espectadores que buscavam conexão entre os acontecimentos e personagens. A proposta de lançar os eventos de forma desordenada, embora intrigante, deixou muitos fãs confusos, uma vez que as interações e diálogos não se encaixavam de forma coesa.
Além disso, a série tentou apresentar novas personagens, como Elle e Frank, que desempenharam papéis importantes na vida de Morty através das linhas do tempo do multiverso. Entretanto, a falta de um enredo central claro se mostrou problemática, levando a uma percepção de que a narrativa estava se perdendo em uma vasta complexidade sem o devido desenvolvimento.
No entanto, apesar desses desafios, a série conseguiu criar uma narrativa de amor envolvente para Morty, que em outras fases da série era pautada por tragédias. O romance com Elle, que culmina em um casamento e a criação de uma filha chamada Maria, trouxe uma profundidade emocional que a série original raramente explorou. Essa força na história romântica, embora ofuscada pela confusão geral da trama, se tornou um dos aspectos mais notáveis da animação.
A série que se esperava ser uma grande conexão entre as duas culturas, animação ocidental e anime, acabou se tornando um experimento que não atingiu seu potencial máximo. Qualquer possibilidade de uma continuação deverá, no entanto, considerar um formato mais acessível à audiência, para que novos espectadores possam ser atraídos e envolvidos.
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