“Frasier” é uma série amada que trouxe muito entretenimento para o público, destacando-se não apenas pelo talento de seu protagonista, Kelsey Grammer, que interpretou o metódico Dr. Frasier Crane, mas também por seu elenco de apoio excepcional e por contar com uma variedade impressionante de estrelas convidadas. Além de atores renomados, a série teve a participação de figuras icônicas de diversas áreas, como o cantor Art Garfunkel, o escritor Stephen King e o tenista John McEnroe. Esses participações tornam “Frasier” uma das produções com o maior número de celebridades no mundo da televisão, rivalizando até mesmo com “Os Simpsons”.
Um dos momentos memoráveis da série ocorreu no 200º episódio, intitulado “The Two Hundredth”, que foi ao ar em 13 de novembro de 2001. Neste episódio marcante, o Dr. Frasier Crane celebrava seu 2000º programa de rádio no KACL, quando foi surpreendido pela presença do magnata da tecnologia Bill Gates, que chegou para ser entrevistado. No entanto, a entrevista tomou um rumo inusitado, com Gates assumindo o controle da situação e respondendo perguntas de ouvintes sobre seu sistema operacional, o Windows XP, que havia sido lançado apenas algumas semanas antes, em 25 de outubro do mesmo ano.
Bill Gates, ao responder perguntas sobre o Windows, acabou fazendo uma verdadeira apresentação do produto enquanto Frasier observava atônito e incomodado na sala de controle. Sempre com seu humor afiado, o personagem de Grammer estava visivelmente chateado com a situação, especialmente quando Gates usou a famosa frase do médico: “Estou ouvindo”, tornando o momento ainda mais cômico. A cena retrata de forma engraçada como o egocentrismo pode se manifestar, com Frasier chamando Gates de um “ego-maniacal gasbag”, sem perceber que também estava agindo de maneira semelhante.
Para adicionar um toque mais irônico à situação, a participação de Gates parece ter sido uma estratégia de marketing. Na verdade, ele estava divulgando o Windows XP, respondendo a perguntas que, na maioria das vezes, estavam diretamente ligadas ao produto que estava tentando promover. O roteirista Rob Hanning fez um ótimo trabalho em incorporar a promoção de maneira que parecesse natural, fazendo com que a revelação se tornasse parte da trama sem parecer um merchandising intrusivo.
Além de ser divertidamente engraçado, o episódio reflete também a obsessão do próprio Frasier, que acaba entrando em uma espiral de angústia ao perceber que uma fita de seu programa está faltando, destacando seu lado egocêntrico. Neste contexto, a participação de Gates serve não apenas como um divertido ponto cômico, mas também como uma crítica sutil ao comportamento do personagem principal.
Agora, com a nova série “Frasier” em andamento, resta saber se ela alcançará a marca de 200 episódios como a original. Kelsey Grammer já expressou seu desejo de expandir a história, e seria interessante ver se outros ícones da tecnologia, como Elon Musk, decidiriam participar para promover seus produtos, como fez Gates na série original. Enquanto isso, os fãs podem relembrar a icônica participação de Bill Gates em “Frasier”, um momento que exemplifica o encontro do humor televisivo com a cultura pop de uma época em que a presença dos magnatas da tecnologia na tela era algo raro.
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