O documentário “Anatomy of Lies”, disponível na plataforma Peacock, revela a história perturbadora da roteirista de “Grey’s Anatomy”, Elisabeth R. Finch. Ao longo de três episódios, a série expõe uma série de mentiras que Finch contou, começando pela falsa alegação de que havia sido diagnosticada com um tipo raro de câncer, a condrossarcoma, que foi utilizado na narrativa de um dos personagens da série. Para sustentar sua mentira, ela chegou a raspar a cabeça, simular efeitos da quimioterapia e introduzir um dispositivo que parecia um porto de quimioterapia.
O documentário também aborda outras alegações inventadas por Finch, como a suposta necessidade de um aborto devido ao tratamento quimioterápico, histórias de assédio sexual no set de “The Vampire Diaries”, e um caso de trauma emocional relacionado ao tiroteio em uma sinagoga em Pittsburgh em 2018, evento do qual ela não estava realmente ligada.
Um dos aspectos mais chocantes é a utilização da história pessoal de uma colega de trabalho, Kiley Donovan, cuja origem familiar envolvia abuso, para criar o episódio “Silent All These Years”. Além disso, Finch alegou ter recebido um transplante de rim da atriz Anna Paquin, o que nunca ocorreu.
Outros impactos negativos das mentiras de Finch estão relacionados à sua ex-esposa, Jennifer Beyer, que foi levada a acreditar que estava perdendo a sanidade devido ao comportamento de Finch. Os filhos de Beyer também enfrentam problemas de confiança e apego em razão das constantes invenções de Finch, que muitas vezes mudavam a narrativa para retornar o foco a si mesma.
“Anatomy of Lies” constrói um retrato de alguém que a equipe de “Grey’s Anatomy” considerava uma “vampira de trauma”, sempre em busca de atenção e que se aproveitava de histórias alheias para sustentar suas próprias mentiras. A narrativa culmina com a reflexão sobre a busca de Finch por reconhecimento, ressaltando que, de certa forma, ela conseguiu o que tanto desejava.
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