Stephen King, renomado autor de obras de terror como O Iluminado e It – A Coisa, compartilhou suas experiências mais aterradoras no cinema. Durante uma contribuição para a lista “100 Melhores Filmes de Horror de Todos os Tempos” da Variety, ele refletiu sobre o que realmente lhe causa medo nas telonas.
King mencionou que, enquanto suas criações literárias podem ser complexas e impactantes, o que realmente o assusta, em muitos casos, são filmes que utilizam recursos simples. Em sua análise, ele destacou que o que é considerado “o mais aterrorizante” pode variar de acordo com a idade do espectador. Como exemplo, ele lembrou que, quando adolescente, o filme mais assustador para ele foi A Caça Fantasmas (The Haunting), e na idade adulta, O Projeto Blair Witch (The Blair Witch Project) se destacou, especialmente por seu clima de desespero.
Entretanto, o próprio King declarou que o filme que mais o assustou ao longo de sua vida foi o clássico A Noite dos Mortos-Vivos (Night of the Living Dead), de 1968, dirigido por George A. Romero. Ele descreveu esta produção como uma “obra-prima de baixo orçamento”. O filme é marcado por uma abordagem inovadora ao gênero de terror zumbi, colocando uma jovem em uma casa isolada, tentando sobreviver a uma horda de mortos-vivos.
King comentou sobre a perda de impacto que o filme sofreu ao longo dos anos, mas enfatizou o terror genuíno que sentiu ao assisti-lo pela primeira vez: “No final, ninguém sobrevive. Este filme perdeu seu poder elemental ao longo dos anos… mas eu ainda recordo o terror impotente que senti quando o vi pela primeira vez”. Ele também fez uma comparação entre A Noite dos Mortos-Vivos e O Projeto Blair Witch, observando que ambos compartilham características como a ausência de trilha sonora marcante e o uso de atores desconhecidos.
Os filmes, de acordo com King, funcionam não apesar de suas limitações, mas por causa delas, capturando um tipo diferente de terror que ressoa com o espectador. Para quem se interessar, é possível conferir A Noite dos Mortos-Vivos (1968), que se pôs como um marco no gênero de horror.
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