Bruce Campbell, conhecido por seu icônico papel como Ash Williams na franquia “Evil Dead”, compartilhou sua visão sobre como a série teve que se reinventar ao longo dos anos. Lançado em 1981, “The Evil Dead”, dirigido por Sam Raimi, destacou-se entre os filmes de terror da época, com seu uso intenso de gore e uma atuação marcante de Campbell. Porém, com a sequência de 1987, “Evil Dead II: Dead by Dawn”, a franquia passou por uma mudança tonal significativa.
Em uma entrevista divertida, Campbell explicou como “Evil Dead II” levou a uma abordagem mais cômica, mesclando horror e comédia, o que acabou se tornando uma solução necessária para a sobrevivência da franquia. Ele disse: “Nós criamos o termo ‘Splatstick’ a partir de ‘Evil Dead II’. É uma dança complicada. Começamos a adicionar comédia aos filmes de horror porque estávamos cansados de ver as pessoas desmaiarem com o primeiro ‘Evil Dead’. Sua apresentação era extremamente intensa, e nos perguntamos se queríamos ser vistos apenas como ‘os caras do horror’ para o resto de nossas vidas.”
A aposta na comédia e no humor negro foi bem-sucedida, transformando “Evil Dead II” em um clássico que perdura até hoje. Campbell atribui parte do seu sucesso na indústria cinematográfica à mudança de tom que Raimi e ele introduziram. A sequela cômica também abriu caminho para “Army of Darkness” em 1993, que continuou essa mistura peculiar de terror e humor.
Nos últimos anos, a franquia tentou retornar às suas raízes de horror com lançamentos como “Evil Dead” em 2013 e “Evil Dead Rise” em 2023, ambos bem recebidos nas bilheteiras. No entanto, essa mudança não foi totalmente aceita por todos os fãs, que esperavam uma combinação de terror e comédia. Campbell, que atuou como produtor executivo em ambos os filmes, expressou seus sentimentos sobre a abordagem mais sombria, mencionando que prefere um tom mais leve.
Atualmente, dois novos filmes de “Evil Dead” estão em desenvolvimento, com diretores promissores como Sébastien Vaniček e Francis Galluppi. A expectativa é que Vaniček mantenha a linha do horror, enquanto Galluppi pode trazer de volta um pouco do humor sutil, à semelhança de seu filme anterior, “The Last Stop in Yuma County”.
Essa contínua evolução da franquia “Evil Dead” reflete um diálogo intrigante entre as expectativas do público e a visão criativa de seus realizadores, mostrando que o horror pode, e deve, se reinventar ao longo do tempo.
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