A sequência do aclamado filme “Coringa”, intitulada “Coringa: Loucura a Dois”, tem gerado discussões acaloradas entre os fãs, especialmente em relação à verdadeira natureza do personagem Arthur Fleck, interpretado por Joaquin Phoenix. Um dos pontos mais polêmicos revelados na trama é que Arthur Fleck não é o Coringa que todos conhecem. Em vez de se envolver em disputas intermináveis com Batman ou causar caos de uma maneira tradicional, a história culmina de forma impactante, com Arthur renunciando à sua identidade de Coringa e encontrando um destino trágico.
Em uma entrevista, o diretor Todd Phillips esclareceu que sua intenção nunca foi fazer de Arthur Fleck o mesmo Coringa do universo das histórias em quadrinhos. Ele destacou que o título do primeiro filme é apenas “Coringa”, não “O Coringa”. “Foi sempre um filme que se propôs a contar uma origem, mas não a origem definitiva. A ideia é que talvez esse não seja O Coringa, mas sim a inspiração para o Coringa”, explicou Phillips.
Além disso, ele mencionou que Arthur Fleck não é o tipo de vilão ardiloso e ambicioso que muitos esperam. “Ele não é um mestre do crime”, afirmou o diretor, enfatizando que mesmo sem uma sequência, a interpretação de Arthur nunca seria a versão clássica do Coringa que todos conhecem.
No final de “Coringa: Loucura a Dois”, Arthur toma uma decisão significativa ao confessar seus crimes a um júri e renunciar ao seu papel como Coringa. Essa escolha custou a ele o amor de Lee, interpretada por Lady Gaga. Phillips comentou sobre essa transformação: “Ele percebeu que tudo é tão corrupto e que nada vai mudar, e a única maneira de consertar isso é destruir tudo. Quando aqueles guardas matam a criança no hospital, ele se dá conta de que se vestir como o Coringa não muda nada.”
A jornada de Arthur culmina em uma triste aceitação de sua verdadeira identidade, feita ainda mais trágica pelo seu assassinato. O assassino, um paciente mental, esculpe um sorriso no rosto de Arthur, sugerindo que ele é a verdadeira representação do Coringa e que Arthur era apenas a inspiração para essa figura icônica.
O desfecho do filme reforça a crítica à inadequação do sistema ao lidar com pessoas com doenças mentais e a falência em ajudar a classe trabalhadora. Sugere-se que o Coringa não é uma figura que pode ser eliminada, pois se as causas que transformaram Arthur na figura trágica que ele se tornou não forem abordadas, sempre haverá outro aguardando para assumir esse papel.
“Joker: Folie à Deux” já está em exibição nos cinemas.
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