O filme “12 Anos de Escravidão”, lançado em 18 de outubro de 2013, revolucionou a indústria cinematográfica, especialmente no que diz respeito a filmes sobre a experiência negra e a narrativa de diretores afrodescendentes. Steve McQueen, o renomado diretor britânico, acredita que a obra não apenas mudou Hollywood, mas também abriu caminhos significativos para cineastas negros.
Baseado na autobiografia de Solomon Northup, “12 Anos de Escravidão” apresenta Chiwetel Ejiofor como Solomon, um homem inocente sequestrado e vendido como escravo nos anos 1840. A representação brutal da escravidão no sul dos Estados Unidos se tornou uma referência em salas de aula ao redor do mundo. O filme recebeu aclamação crítica, e Steve McQueen fez história ao se tornar o primeiro diretor negro a ganhar o Oscar de Melhor Filme, consagrando a importância da obra.
Em uma conversa no Festival de Cinema de Londres deste ano, McQueen refletiu sobre o impacto cultural que o filme teve. “Após esse filme, muitos cineastas negros, jovens cineastas, tiveram a oportunidade de fazer seus filmes”, comentou. Com um orçamento de apenas 20 milhões de dólares, “12 Anos de Escravidão” arrecadou impressionantes 187,7 milhões de dólares, provando à indústria cinematográfica que o público se interessa por histórias sobre a história negra, contadas por cineastas negros.
O diretor expressou sua gratidão pela oportunidade de fazer o filme, afirmando que muitos outros projetos surgiram devido ao seu sucesso. “Muitos filmes foram feitos por causa de ’12 Anos de Escravidão’, e a conversa sobre a escravidão foi reacendida por causa daquele filme. Sou grato por isso”, disse ele.
Durante a cerimônia do Oscar, McQueen teve uma das memórias mais marcantes da noite ao conhecer um ícone da música: “Eu conheci o Prince!”, revelou, rindo.
Além de agradecer aos estúdios, McQueen também apontou a influência indiretamente positiva de uma figura política crucial na realização do filme. Embora Barack Obama não tenha se envolvido diretamente na produção, a atmosfera cultural criada durante sua presidência ajudou a abrir portas para projetos como “12 Anos de Escravidão”. “Eu sei que, se o presidente Obama não tivesse sido presidente, aquele filme não teria sido feito”, afirmou McQueen, reconhecendo a importância do momento histórico.
“12 Anos de Escravidão” continua a ser uma das mais respeitadas obras do diretor, que também conta com um elenco de estrelas como Lupita Nyong’o, Brad Pitt e Michael Fassbender, entre outros.
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