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Kate Winslet brilha em biografia insípida de Lee

Kate Winslet brilha em biografia insípida de Lee
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“Lee” é um filme biográfico que traz Kate Winslet no papel de Lee Miller, uma fotógrafa renomada que capturou momentos impactantes durante a Segunda Guerra Mundial. O filme, dirigido por Ellen Kuras, teve sua estreia marcada para 27 de setembro de 2024 e já gerou expectativas no Festival Internacional de Cinema de Toronto realizado em 2023.

A história começa com Miller, que antes de se tornar uma fotógrafa de guerra, leva uma vida luxuosa como modelo ao lado de seu amante, o artista Roland Penrose, interpretado por Alexander Skarsgård. A trama a acompanha enquanto ela se transforma numa correspondente de guerra durante a Segunda Guerra Mundial, colaborando com o jornalista David Scherman, vivido por Andy Samberg. Juntos, eles documentam as atrocidades ocorridas na Alemanha nazista. Apesar da dificuldade inicial em obter reconhecimento político nos EUA, as fotos de Miller se tornam algumas das mais reconhecíveis da guerra, alertando o mundo sobre os horrores que se desenrolavam.

O elenco de “Lee” inclui também grandes nomes como Marion Cotillard, Andrea Riseborough e Josh O’Connor. Apesar das atuações notáveis de Winslet e Samberg, o filme parece falhar em aproveitar plenamente a profundidade de seus personagens, resultando em uma narrativa que muitas vezes se sente genérica e sem energia. A direção de Kuras, que já trabalhou com diretores renomados, parece não conseguir traduzir a complexidade da vida de Miller em uma experiência cinematográfica envolvente.

Andy Samberg, conhecido por trabalhos em comédia, entrega uma performance que surpreende, mostrando um lado dramático que pode ser inesperado para muitos. Sua cena mais tocante é quando seu personagem se despedaça após capturar imagens de prisioneiros em um campo de concentração, demonstrando um talento que talvez mereça mais papéis desafiadores no futuro.

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Embora “Lee” tenha um argumento promissor e momentos que indicam a possibilidade de uma narrativa cativante, sua execução não consegue envolver o público como deveria. O filme frequentemente se apresenta como um relato histórico simples, em vez de uma exploração profunda da mente e emoções de sua protagonista.

A cinematografia, embora admirável ao capturar os horrores da guerra, contribui para uma sensação de que o filme poderia ter sido mais impactante e emocionante. Infelizmente, a sensação que prevalece é a de que “Lee” tem o potencial de contar uma história extraordinária, mas acaba se satisfazendo com o ordinário.

Em suma, “Lee” é uma representação da vida de uma mulher fascinante, mas que apesar da performance excelente de Winslet, deixa a desejar em profundidade e envolvimento emocional. A expectativa era de uma obra marcante, mas, com a entrega de um resultado pouco ambicioso, o filme se torna uma experiência cinematográfica que se limita a ser apenas aceitável.

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