“Edge of Tomorrow”, lançado em 6 de junho de 2014, é um filme aclamado que, embora não tenha sido um grande sucesso financeiro inicialmente, conquistou uma base de fãs ao longo dos anos. Dirigido por Doug Liman, o filme conta com Tom Cruise no papel do Major William Cage e Emily Blunt como a Sargento Rita Vrataski. Ele se destaca pela sua abordagem criativa ao tema dos loops temporais, combinando ação intensa com performances cativantes.
A trama se passa em um futuro distópico, onde a humanidade enfrenta uma guerra contra alienígenas chamados “Mimics”. William Cage, um oficial que nunca combateu, é enviado para a linha de frente e acaba morrendo em batalha. Porém, ao ser atingido por um tipo especial de Mimic, ele adquire a habilidade de reviver o mesmo dia repetidamente sempre que morre. Essa mecânica intrigante permite que Cage treine incessantemente ao lado de Rita Vrataski, ex-portadora da mesma habilidade, enquanto eles lutam para destruir a fonte de controle dos Mimics, o Omega.
O desenrolar do filme segue Cage em sua repetida tentativa de derrotar os alienígenas, estabelecendo uma conexão emocional crescente com Rita. A abordagem do filme permite que o público experimente, junto com Cage, a frustração e a evolução de um personagem que aprende a cada repetição.
Uma parte interessante da discussão sobre “Edge of Tomorrow” é o seu final, o qual gerou opiniões divergentes. A versão final mostra Cage derrotando o Omega em uma missão crítica, o que resulta em um reinício do dia, mas em uma nova linha do tempo onde os Mimics não existem mais. Essa conclusão levou alguns a considerá-la otimista demais ou confusa, mas um final alternativo criado pelo roteirista Christopher McQuarrie poderia ter tornado a narrativa ainda mais obscura.
Neste final alternativo, um membro da equipe seria forçado a matar um Alpha, desencadeando o ressurgimento do Omega e criando uma situação em que os heróis já estariam cientes de que o inimigo conhecia seus planos. McQuarrie argumentou que essa mudança tornaria o filme excessivamente complexo, algo que poderia desgastar a audiência, sugerindo que o equilíbrio entre repetição e avanço da história foi bem mantido na versão final.
Outra sugestão de McQuarrie era que o filme terminasse assim que Cage acordasse, deixando um ar de ambiguidade sobre a veracidade dos eventos vividos. No entanto, ele percebeu que tal escolha não se alinharia com o tom geralmente leve e até cômico do filme, que, apesar de tratar temas sérios sobre guerra e trauma, optou por um final mais esperançoso.
“Edge of Tomorrow” é uma obra que mescla ação e reflexões profundas, destacando-se por sua narrativa envolvendo loops temporais de forma inovadora e envolvente, uma característica que muitos consideram fundamental para seu apelo duradouro. O filme também está disponível para streaming na Netflix.
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