Recentemente, a violinista francesa Esther Abrami passou por uma experiência desagradável ao tentar embarcar em um voo da Ryanair. Com a intenção de viajar de Marselha para Berlim, onde gravaria seu terceiro álbum com a Sony Classical, Esther se deparou com uma situação que a deixou profundamente humilhada.
Esther relatou que, ao chegar ao aeroporto, seu violino, que possui 200 anos de história, foi considerado um obstáculo para o embarque. Apesar de ela estar disposta a pagar custos adicionais ou até mesmo comprar um assento extra para acomodá-lo, a companhia aérea se negou a permitir que o instrumento fosse levado a bordo. A única opção apresentada foi despachar o violino como bagagem, o que Esther considerou inaceitável, dada a fragilidade e o valor do instrumento.
Ela compartilhou sua frustração nas redes sociais, mencionando que nunca havia enfrentado tal desrespeito ao longo de sua carreira. O problema se agravou quando lhe foi dito que seu violino não se encaixava nas medidas permitidas para bagagem de mão. Mesmo tendo oferecido várias soluções, como carregar o instrumento de forma mais segura, todas foram rejeitadas. Após muitos esforços, ela conseguiu embarcar em um novo voo com outra companhia, mas alertou para as dificuldades que muitos músicos enfrentam quando viajam, onde perder um voo pode significar perder uma oportunidade de trabalho.
Quem é Esther Abrami? Esta talentosa musicista de 27 anos se destacou no cenário internacional com álbuns aclamados, como “Esther Abrami” (2022) e “Cinéma” (2023). Formada pelo Royal College of Music e pelo Royal Birmingham Conservatoire, ela se tornou a primeira violinista clássica a ganhar o prêmio “Social Media Superstar” nos Global Awards de 2019. Esther, além de sua carreira musical, é uma entusiasta do cinema e cuida de um podcast que destaca mulheres na música clássica.
O violino que Esther toca é um Jean-Baptiste Vuillaume, lendário fabricante de instrumentos do século XIX, cujo valor pode chegar a meio milhão de euros. De acordo com Esther, a escolha da Ryanair foi motivada pela busca de um voo direto e rápido, algo comum entre músicos que frequentemente viajam a trabalho. Contudo, a experiência negativa com a companhia levantou debates sobre a forma como músicos e seus instrumentos são tratados no transporte aéreo.
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