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Disney enfrenta processo por uso da imagem de Peter Cushing em Rogue One

Disney enfrenta processo por uso da imagem de Peter Cushing em Rogue One
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A Disney e a Lucasfilm estão enfrentando uma ação judicial relacionada ao uso da imagem do falecido ator Peter Cushing em “Rogue One: Uma História Star Wars”, lançado em 2016. A produtora londrina Tyburn Film Productions obteve uma decisão judicial que permite que o processo siga em frente, alegando que possuía um contrato assinado com Cushing em 1994. Esse contrato, segundo a Tyburn, lhes dava direitos de veto sobre a recriação da imagem do ator utilizando efeitos especiais.

No filme, a imagem de Cushing é recriada por meio de CGI, onde o rosto do ator é colocado sobre o corpo de um dublê, Guy Henry, que interpretou o Grand Moff Tarkin, um papel originalmente desempenhado por Cushing em “Star Wars: Uma Nova Esperança” (1977). A Tyburn argumenta que a Lucasfilm e a Lunak Heavy Industries, uma das produtoras da trilogia original de Star Wars, se beneficiaram de maneira “injusta” ao usar a imagem de Cushing sem a devida permissão.

Em resposta, a Lucasfilm e a Lunak alegaram que não violaram os termos do contrato de Cushing, sustentando que detêm os direitos sobre a imagem do ator como parte dos direitos sobre o filme original de Star Wars. Em uma tentativa anterior de derrubar o caso, a defesa foi rejeitada no tribunal, e a recente decisão judicial também não aceitou o pedido de cancelamento do processo.

O juiz Tom Mitcheson KC observou que nenhum dos lados apresentava um caso especialmente forte. Ele avaliou que a situação não era tão “incontestável” quanto a Lucasfilm e a Lunak tentaram argumentar, mas também não estava convencido de que a Tyburn tivesse um caso suficientemente sólido para prosseguir. Assim, parece que o caso seguirá para julgamento.

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A utilização de imagens de celebridades gera amplos debates desde que o cinema se tornou uma forma de entretenimento popular. As reações do público sobre a recriação de performances de atores falecidos, seja por meio de filmagens antigas ou efeitos visuais, costumam ser intensas. “Rogue One” é frequentemente discutido nesse contexto, especialmente devido à decisão de reviver tanto o Grand Moff Tarkin quanto a Princesa Leia, interpretada por Carrie Fisher, através de tecnologia CGI.

Com a crescente acessibilidade da inteligência artificial para criar deep-fakes de celebridades, essa questão de quem possui e como deve ser utilizada a imagem de artistas falecidos, como no caso de Cushing, pode ser essencial para moldar o futuro da produção cinematográfica.

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