Nicole Kidman pode ter uma nova chance de ser indicada ao Oscar por sua atuação no thriller erótico “Babygirl”, que estreou no Festival de Cinema de Veneza. No filme, dirigido por Halina Reijn, Kidman interpreta uma CEO poderosa que coloca sua carreira e sua família em risco ao iniciar um caso com seu estagiário, interpretado por Harris Dickinson.
As primeiras impressões da crítica são bastante positivas. Segundo o crítico Damon Wise, Kidman entrega uma performance notável, destacando sua dedicação e a vulnerabilidade psicológica da personagem. A BBC também elogiou a atriz, afirmando que ela deu sua performance mais corajosa em anos, e IndieWire a descreveu como “destemida”. A Vanity Fair ressaltou a audácia de Kidman ao abraçar esse novo papel, citando que ela pode ser a responsável por “salvar o sexo no cinema”.
Kidman já venceu o prêmio de Melhor Atriz em 2002 por “As Horas” e foi indicada novamente em 2022 por “Being the Ricardos”. O filme “Babygirl” recebeu uma recepção favorável, com 88% de aprovação em 16 críticas no Rotten Tomatoes, e a atuação de Dickinson também foi amplamente elogiada.
Entretanto, a temática e a profundidade do campo de Melhor Atriz deste ano podem representar um desafio para a atriz. Alguns programadores de festivais e votantes da BAFTA acreditam que, embora o filme seja arriscado, Kidman está competitiva. Muitos mencionam que a atual composição da Academia, com a inclusão de membros mais jovens, pode favorecer filmes menos convencionais.
“Babygirl”, que contém elementos de nudez e intimidade, levanta questões sobre a recepção da Academia a filmes desse estilo, especialmente considerando que a nudez pode ser um tema mais complicado do que a violência. O sucesso de outros filmes de gênero e performances de atrizes renomadas, como Isabelle Huppert e Michelle Yeoh, sugere que há uma tendência crescente de reconhecimento para veteranas em produções não tradicionais.
O filme será lançado nos cinemas dos Estados Unidos pela A24 no dia 25 de dezembro.
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