Aprecie, amantes da história! As imprecisões históricas de Ridley Scott são as menos graves dos recentes filmes biográficos de grande orçamento. Discursos emocionantes são a essência das grandes lendas e, convenientemente, também são o cerne das fantasias do Oscar. Eles não se importam com a veracidade. Diretores também não.
Apresentar a história em telas é uma tarefa cheia de armadilhas. Ridley Scott, indiscutivelmente o diretor mais experiente e astuto em atividade atualmente, provavelmente deveria ter previsto a reação negativa em relação à sua representação do pretendente a governante supremo da Europa explodindo o nariz da Esfinge. Há séculos é de conhecimento geral que o nariz nunca esteve lá durante a excursão de Napoleão Bonaparte, nem mesmo no nascimento de Napoleão, com ilustrações que comprovam que essa história é apenas um mito criado por francófobos ou egiptólogos vitorianos muito entediados.
Traduzir a história para as telas é uma tarefa desafiadora. Os cineastas muitas vezes tomam certas liberdades criativas para cativar o público e tornar a narrativa mais atraente. No entanto, isso pode levar a imprecisões históricas que podem desagradar os aficionados por história.
No caso de Ridley Scott e seu filme biográfico sobre Napoleão Bonaparte, as críticas surgiram devido à cena em que o imperador francês supostamente detona o nariz da Esfinge no Egito. Essa imagem dramática despertou questionamentos sobre sua precisão histórica.
No entanto, é importante lembrar que o cinema sempre teve uma relação complicada com a história. Filmes baseados em eventos reais frequentemente tomam liberdades dramáticas para garantir a emoção e o entretenimento do público. E isso não é exclusivo de Ridley Scott ou de filmes sobre Napoleão Bonaparte.
Na verdade, outras produções recentes têm cometido imprecisões muito mais graves do que a de Ridley Scott. Por exemplo, o filme “Bohemian Rhapsody”, que conta a história da banda Queen e seu líder Freddie Mercury, recebeu inúmeras críticas por distorcer fatos importantes da vida do cantor e da banda.
Da mesma forma, o filme “The Greatest Showman”, que retrata a vida de P.T. Barnum, é conhecido por ignorar completamente a história real e retratar Barnum como um herói benevolente, enquanto na realidade ele tinha um passado controverso e exploração de pessoas.
Então, ao avaliar as imprecisões históricas em filmes biográficos, é importante ter em mente que nem todas são igualmente graves. No caso de Ridley Scott, embora a cena do nariz da Esfinge seja um detalhe histórico incorreto, existem imprecisões muito mais prejudiciais em outros filmes de grande orçamento.
Isso não significa que devemos ignorar as imprecisões históricas nos filmes, mas sim que devemos ter uma perspectiva mais ampla e considerar o contexto geral do filme. Se a história em questão está sendo contada de forma emocionante e envolvente, podemos perdoar algumas imprecisões menores.
Em última análise, os filmes biográficos são obras de ficção baseadas em eventos reais. Eles são feitos para entreter e inspirar o público, e nem sempre têm a intenção de serem documentos históricos precisos. Portanto, vamos apreciar a arte do cinema e não focar demais nas pequenas imprecisões. Afinal, a verdadeira história está nos livros.
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